A Iminente Segunda Vinda de Cristo
Antes de Cristo, quando os reis e os imperadores visitavam
uma cidade sob seu domínio, essa chegada com a presença do monarca
era denominada parousia. Os primeiros cristãos também usavam esse termo quando
se referiam à iminente volta de Jesus Cristo. Parousia é uma
palavra grega que significa vinda, advento ou chegada, refere-se ao Último Dia ou ao Dia da Segunda Vinda de Cristo.
Em Atos capítulo 1versos 9 a 11, Jesus profere suas últimas palavras aos seus discípulos: “Tendo dito isso, foi elevado
às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles. E eles
ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram
diante deles dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: “Galileus, por
que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi
elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir”.
O pastor e autor americano Tim LaHaye escreveu “Doze razões
pelas quais esta pode ser a última geração” (1). Não afirma categoricamente que esta é a última
geração, mas aponta evidências de que está mais próxima do que nós imaginamos. Vou
comentar algumas dessas evidências. Todos queremos sinais e precisamos de
sinais. Os discípulos de Jesus lhe perguntaram certa vez: “Dize-nos, quando
acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos”
(Mateus 24:3).
Vejamos alguns sinais da proximidade da Vinda de Cristo:
1 – Guerras e rumores de guerras.
“Vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras, mas
não tenham medo. É necessário que tais coisas aconteçam, mas ainda não é o fim”
(Mateus 24:6). No Século XX as duas grandes guerras mundiais e a ascensão do
comunismo mataram mais de cento e oitenta milhões de pessoas.
2 – Fomes e terremotos.
“Nação se levantará contra nação, e reino contra reino.
Haverá fomes e terremotos em vários lugares” (Mateus 24:7). Há alguns anos
atrás, numa pesquisa feita em Angola para saber o que os angolanos mais
queriam, 95% dos entrevistados disseram “queremos mais comida”. Constantemente
são postados na internet vídeos mostrando crianças morrendo de fome. Terremotos
destruidores foram raros durante séculos, mas nas últimas décadas eles têm sido
frequentes e cada vez mais intensos. Uma publicação da Sociedade Geológica dos Estados
Unidos revelou que na década de 40 houve apenas 4 terremotos, já na primeira
década do Século XXI foram registrados mais de 140 terremotos. E o que mais tem
preocupado os sismólogos é o aumento da magnitude desses terremotos. No Haiti,
em 2010, morreram mais de 227.000 pessoas vítimas de um terremoto devastador.
3 – O ressurgimento de Israel.
Os capítulos 36 e 37 do livro de Ezequiel referem-se à nação
de Israel. “Filho do homem, estes ossos são toda a nação de Israel” (Ezequiel
37:11). Em 1948, Israel ressurgiu como nação. Em 1967, com a Guerra dos seis
dias, reconquistou Jerusalém – a cidade mais amada do mundo. O foco da atenção
do mundo está nessa pequenina nação e nessa pequenina faixa de terra que Deus
concedeu a Abraão como pátria. Alguém afirmou “A paz do mundo depende da paz de
Jerusalém”.
4 – O aumento da ciência.
“Mas você, Daniel, feche com um selo as palavras do livro
até o tempo do fim. Muitos irão por todo lado em busca de maior conhecimento”
(Daniel 12:4). Vivemos a era da informação e do conhecimento, da ciência e da
tecnologia, e da movimentação das pessoas de um lado para outro. Com apenas um
toque do dedo nos conectamos com o mundo todo.
5 – Abandono da fé.
“O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns
abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios” (I
Timóteo 4:1). O liberalismo, o humanismo e o naturalismo predominam exercendo
grande influência. A rejeição à divindade de Jesus Cristo e outras doutrinas
demoníacas tem proliferado.
Lemos no Evangelho segundo João a promessa do próprio Jesus
de que voltaria: “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam
também em mim. Na casa de meu pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu
lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se eu for e lhes preparar lugar,
voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver” (João 14:1-3). Quando
Jesus disse isso aos seus discípulos, eles entenderam que Jesus estava comparando sua
volta com um casamento judaico. No casamento judaico, realizado em duas etapas,
quando um homem encontrava a mulher com a qual pretendia se casar, ia à casa
dela com um contrato de matrimônio, o ketubah, contendo os termos legais para o
casamento; combinavam o preço a ser pago, um alto valor, termo importante do contrato.
Uma vez firmado o ketubah, o noivo retornava para a casa de seu pai, dizendo à noiva: “Eu vou preparar lugar para você”. De volta à casa de seu pai, ele
deveria construir uma pequena suíte para a lua de mel – a câmara nupcial, onde ficariam por sete dias. Essa preparação levava praticamente um ano. O pai do
noivo supervisionava a obra e dava a palavra final para o noivo ir buscar sua
noiva. A noiva, por sua vez, esperava pacientemente preparando seu enxoval.
Ela, separada e comprada por preço, deveria ter uma lâmpada de óleo pronta caso
o noivo chegasse altas horas da noite. Às vezes o noivo demorava muito, mas com
certeza viria, pois já tinha pago o preço pela noiva. Durante o tempo de
espera, a noiva usaria um véu como sinal de que estava comprometida e, também,
para que outro homem não lhe fizesse oferta. A noiva convocava suas irmãs e
amigas para irem com ela às bodas quando o noivo chegasse, e todas deveriam ter
suas lâmpadas com óleo prontas para a chegada do noivo. Quando o pai do noivo
avisasse que já era hora, o noivo chamava seus amigos para acompanha-lo na
busca da noiva, e tentaria chegar à meia noite surpreendendo a noiva. Na casa
da noiva tudo deveria estar preparado para esse momento. Ao aproximar-se da
casa, um dos amigos do noivo gritava: “Eis o noivo”. E ouvindo a voz do noivo,
a noiva acendia sua lâmpada, pegava seu enxoval e saia ao seu encontro.
Se suas amigas quisessem ir junto deveriam estar prontas. Toda a vizinhança
acordava e percebia que eram as bodas acontecendo. Chegando à casa do noivo, os
mesmos entravam na câmara nupcial e trancavam a porta. A festa se iniciava e
duraria sete dias.
Da mesma forma será a vinda de Jesus. Ele já pagou um alto
preço por sua noiva – a igreja, derramando seu sangue na cruz do Calvário. Foi
preparar um lugar e voltará a qualquer momento para nos levar para as bodas.
“Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o
próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.
Depois nós, os que estivermos vivos seremos arrebatados com eles nas nuvens,
para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para
sempre” (I Tessalonicenses 4:16,17).
Todos os que esperam Jesus – os que já morreram e os que
estiverem vivos – verão Jesus voltar. Estarmos preparados para a volta de Jesus
é o mesmo que estarmos preparados para a morte. Se morrermos antes,
ressuscitaremos na Sua volta.
Devemos estar prontos para esse grande acontecimento – o
maior de todos!
Disse Jesus: “Venho em breve!” (Apocalipse 3:11).
Volte logo Jesus, estamos esperando.
A Deus toda a glória!
JSF
Citações da Bíblia
Nova Versão Internacional
1 – Quando a Trombeta
Soar, Actual Edições, págs. 403 – 420.